sábado, 2 de julho de 2011

Alimentação de crianças Vegan



Quando digo que decidi criar meu filho sem carne, é comum ser crivada de perguntas: e ele nao ficara desnutrido? fraco? doente? sem proteína? Claro que não. Como não canso de repetir, além de nociva ao organismo humano a carne é desnecessária. Só entendo seu consumo em caso de total privação de alimentos vegetais — no inverno da Groenlândia, do Alasca ou da Sibéria, por exemplo — e, mesmo assim, como alimento de emergência.


Logo, acredito que nenhuma criança(pessoa) precisa de carne.


Quem se propõe a educar uma criança precisa ter alguma segurança de que está fazendo o melhor para ela. Ainda que depois se mude de idéia, na hora de cada decisão é preciso tomá-la com firmeza, principalmente quando se trata de uma decisão tão importante quanto adotar hábitos alimentares diferentes — hábitos estes tão profundamente arraigados na nossa cultura que muita gente se ofende ao ver um vegetariano almoçar...

Digo tudo isso porque nós, vegetarianos, enfrentamos muita oposição quando o filho vai se largando dos nossos braços e entrando no mundo. Esta é a sina de todos os que adotam trajetórias diferentes da maioria, seja na alimentação, na religião, nos hábitos de lazer. E a gente precisa estar preparado e disposto a conviver com isso e a enfrentar as situações mais ou menos desagradáveis que com certeza acontecerão.

É preciso conversar com as pessoas próximas. É preciso deixar claro para elas como é importante a decisão que tomamos para nós e nossos filhos. Isso não tem receita. Cada um e cada relação que estabelecemos com cada um são diferentes. É por isso que precisamos ter segurança da decisão que tomamos, para passar esta segurança às pessoas que se relacionarão com os nossos filhos. Nem sempre será possível mandar ou conciliar. Na maioria dos casos, teremos de CONVENCER. E para convencer, é necessário estar convencido.
Depois, é preciso conversar com o próprio filho. Quando a criança começa a se relacionar com outras pessoas fora do lar ou mesmo com pessoas dentro do lar que comem de forma diferente dela, vai perguntar por quê. Mais uma razão para termos segurança da opção que fizemos. A criança precisa sentir como é importante para nós sermos vegetarianos. E isso não se consegue com palavras, só com atitudes.

Para uma criança, qualquer criança, vegetariana ou não, é importante que a alimentação cotidiana seja rica e saborosa. Rica significa: variada, com nutrientes de todo tipo. E é importante que a comida das crianças seja suficientemente calórica. Se você usa cereais integrais, leguminosas, legumes, verduras e frutas regularmente, provavelmente será. Enriqueça as saladas dos filhos com bom azeite, castanhas ou nozes picadas, tahine (molho árabe de gergelim, muito rico em gorduras de excelente qualidade e proteínas). Sirva leguminosas variadas – feijões de várias cores, grão de bico, ervilha em grão, lentilha. Prepare os legumes com pouca ou nenhuma água (para lhes preservar o sabor), corte e cozinhe cada dia de um jeito diferente (em tirinhas, em rodelas, estrelinhas, no vapor, refogadinho com cebola ou cebolinha, no forno). Criança gosta de comida colorida e variada.

* fonte de pesquisa : Guia Vegano 


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